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O que são commodities e qual seu impacto na economia e no câmbio?
16 de julho de 2025 |

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16 de julho de 2025 |
Quando pensamos na base da economia mundial, é inevitável falar das commodities. Essas mercadorias fazem parte do nosso dia a dia mesmo sem percebermos.
Além disso, mais do que produtos básicos, elas são um termômetro do comércio global e afetam diretamente as taxas de câmbio, especialmente o dólar. No Brasil, as commodities ocupam um papel ainda mais estratégico.
O país é um dos maiores exportadores de matérias-primas do planeta, com destaque para soja, minério de ferro, petróleo e café. Esse protagonismo faz com que variações nos preços internacionais tenham impacto na balança comercial e na saúde financeira de milhares de empresas brasileiras, sobretudo aquelas expostas ao dólar.
Entender o que são commodities, como funcionam e por que elas afetam o câmbio é essencial para quem atua no mercado ou quer proteger seu negócio da volatilidade econômica.
Neste conteúdo, você vai ver como essas mercadorias se organizam, qual a relação delas com a política cambial e qual a importância das estratégias de hedge para empresas importadoras e exportadoras.
No contexto econômico, as commodities são bens primários, produzidos em larga escala e com pouco ou nenhum processamento industrial. Elas representam produtos que servem como insumos para outras cadeias produtivas — como o milho na produção de ração, ou o minério de ferro na fabricação de aço.
Entre suas principais características, destacam-se:
Em geral, as commodities são negociadas em bolsas especializadas e cotadas em dólares, o que as torna especialmente sensíveis às flutuações do câmbio.
As commodities são tradicionalmente divididas em quatro grandes grupos, de acordo com sua origem e uso.
As commodities agrícolas estão ligadas ao agronegócio e são fundamentais para a alimentação global. Entre as mais conhecidas estão a soja, o milho, o trigo, o café, o açúcar, o algodão e o boi gordo.
O Brasil é líder mundial na produção de várias dessas mercadorias, sendo um dos grandes pilares da economia nacional.
Incluem matérias-primas extraídas do subsolo ou utilizadas como fonte de energia, como petróleo, minério de ferro, gás natural, ouro, prata e carvão. Essas commodities são indispensáveis para setores como construção civil, siderurgia e transporte.
O petróleo, por exemplo, tem impacto direto no preço dos combustíveis e na inflação global.
Ainda em crescimento, esse grupo envolve recursos naturais vinculados à sustentabilidade, como energia elétrica, água, madeira e créditos de carbono. Com a crescente preocupação ambiental e o avanço da agenda ESG, essas commodities ganham relevância estratégica para empresas e governos.
Apesar de menos tangíveis, moedas e índices econômicos também são considerados commodities em alguns mercados. Moedas como o dólar e o euro podem ser negociadas em contratos futuros ou opções, principalmente por empresas que buscam proteção cambial.
As commodities são negociadas em mercados organizados, como a Bolsa de Chicago (CME) ou a Bolsa de Mercadorias & Futuros (B3, no Brasil). Por serem padronizadas, elas facilitam operações em escala global, permitindo que investidores e empresas comprem e vendam de forma prática.
O preço dessas mercadorias é determinado pelas leis de oferta e demanda. Isso significa que eventos climáticos, crises geopolíticas ou aumentos no consumo global podem gerar grandes oscilações de valor.
Por exemplo: uma seca nos EUA pode reduzir a produção de milho e disparar seu preço em todo o mundo.
Desse modo, você precisa entender que as commodities passam por ciclos econômicos — períodos de alta ou baixa nos preços, geralmente ligados a mudanças na demanda global.
Esses ciclos podem durar anos e são fortemente influenciados por:
Durante os anos 2000, por exemplo, a urbanização acelerada da China impulsionou a demanda por minério de ferro, gerando um superciclo de valorização dessa commodity — do qual o Brasil se beneficiou.
A maioria das commodities é negociada em dólares, o que cria uma conexão direta com o mercado de câmbio. Isso traz oportunidades, mas também riscos para empresas e exportadores.
Quando o real se desvaloriza frente ao dólar, os produtos brasileiros ganham competitividade lá fora, mas os custos de produção também sobem, especialmente no setor agrícola, que depende de insumos importados.
Desse modo, a política cambial — ou seja, o conjunto de medidas que um país adota para controlar a cotação da sua moeda — tem impacto direto no preço, na produção e na exportação de commodities:
Por isso, produtores e exportadores precisam estar atentos às decisões dos bancos centrais, especialmente o Federal Reserve (Fed), nos EUA. Um aumento dos juros americanos, por exemplo, pode fortalecer o dólar e derrubar a demanda por commodities, pressionando os preços.
Em um mercado tão volátil, proteger-se contra a oscilação do câmbio é essencial. É aí que entra o hedge cambial — uma ferramenta que permite travar a cotação do dólar em operações futuras.
O hedge cambial pode ser feito de diferentes formas, como com travas de câmbio. Esse tipo de ferramenta garante a compra da moeda estrangeira por uma taxa pré-definida.
Essas soluções são estratégicas para empresas que negociam em dólar e desejam evitar prejuízos com variações inesperadas na moeda.
O hedge cambial oferece:
Como vimos, o mercado de commodities é dinâmico, global e profundamente conectado ao câmbio. E para quem atua nesse cenário — seja como exportador, importador ou investidor —, se proteger contra a volatilidade do dólar é fundamental.
O Braza Bank, maior banco exclusivo de câmbio em volume de dólares transacionais, é referência no setor, com soluções de hedge cambial personalizadas para empresas.
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Commodities são matérias-primas produzidas em larga escala, com pouca ou nenhuma industrialização, utilizadas como insumo em diversos setores da economia.
Existem quatro grandes grupos: agrícolas (como soja e milho), minerais (como minério de ferro e petróleo), ambientais (como energia elétrica) e financeiras (como moedas e índices).
Os preços das commodities impactam a inflação, as exportações e a balança comercial. Países que exportam muito se beneficiam da alta dos preços, enquanto importadores enfrentam custos mais altos.
Como são cotadas em dólar, as commodities sofrem influência direta da taxa de câmbio. Quando o dólar sobe, os produtos ficam mais caros em outras moedas, reduzindo a demanda global.
Hedge cambial é uma estratégia que permite travar a taxa de câmbio de uma operação futura, protegendo empresas contra oscilações do dólar e garantindo previsibilidade financeira.