Petróleo dispara e dólar cai hoje em meio ao conflito entre Israel e Hamas

No primeiro pregão após conflito entre Israel e Hamas, os mercados financeiros iniciaram o dia de forma cautelosa. O Ibovespa refletiu esse cenário ao acompanhar a tendência negativa nas primeiras horas da sessão. 

Mas, mesmo com o início mais fraco, o IBOV mostrou recuperação e encerrou o pregão em 115.156 pontos, alta de 0,86%. Já o dólar hoje caiu 0,62%, indo para R$ 5,1300.  

As incertezas quanto à possível escalada do conflito armado nos próximos dias na região, que é próxima a importantes países produtores de petróleo, permanecem como uma preocupação latente para investidores em todo o mundo.  

O impacto potencial sobre o fornecimento de petróleo, que já estava sob pressão devido aos cortes voluntários de produção realizados pela Rússia e pela Arábia Saudita, fez com que os preços subissem rapidamente, registrando um aumento de 4%. 

Em Nova York, os índices de ações se recuperaram das perdas iniciais, influenciados por declarações do vice-presidente do Federal Reserve (Fed), Philip Jefferson. Ele expressou a opinião de que a inflação nos Estados Unidos, medida pelo núcleo, deve continuar desacelerando. 

Essa melhora no sentimento, em conjunto com a performance das petroleiras, impulsionou a retomada do Ibovespa para encerrar o pregão em alta. Prio (PRIO3) e PetroReconcavo (RECV3) registraram ganhos superiores a 8% cada, ao passo que a 3R Petroleum (RRRP3) exibiu um sólido aumento de 6%. 

Já o dólar, diferentemente do que era previsto ao longo do final de semana, não se valorizou. Apesar de ter alcançado R$ 5,18 em dado momento, a moeda recuou até encerrar em R$ 5,1300. 

O feriado de Columbus Day, nos EUA, pode ter sido um desses fatores. “O feriado nos EUA deixa um pouco sem referência. Na terça, com a volta das negociações poderemos ter uma leitura mais apurada”, explica Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank.  

Entre das demais moedas, o euro ficou em R$ 5,4232 (-0,56%) e a libra, em R$ 6,2812 (-0,30%)