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Estudo da CNI mostra participação ativa do mercado externo na indústria de transformação do Brasil
2 de outubro de 2023 | Equipe Braza Bank
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2 de outubro de 2023 | Equipe Braza Bank
Em 2022, o mercado externo ganhou relevância para a indústria de transformação brasileira. É o que mostra o estudo Coeficientes de Abertura Comercial (CAC), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex)
A publicação acompanha 4 indicadores, que medem a integração da indústria brasileira com o comércio global, com foco em exportações e importações. São eles:
No CAC, o coeficiente de exportação registrou um aumento significativo em 2022. Ele subiu para 20,3% em comparação aos 18,6% de 2021.
“Os resultados desta edição dos Coeficientes de Abertura Comercial confirmam a relevância das exportações e do comércio global para a competitividade da indústria brasileira e para a retomada do crescimento econômico do país”, disse Constanza Negri, gerente de Comércio e Integração Internacional da CNI
No contexto de recuperação internacional, a maioria dos setores da indústria aumentou a proporção de exportações em relação à produção interna em 2022.
Dos 23 setores avaliados, 15 tiveram aumento no coeficiente de exportações, 7 apresentaram queda e um permaneceu constante em comparação com 2021.
O setor de celulose e papel foi um dos destaques, com um aumento de 6,5 pontos percentuais (p.p.) em seu coeficiente de exportação. A produção destinada ao mercado internacional saltou de 37,9% em 2021 para 44,3% em 2022.
Além de celulose e papel, outros setores também registraram aumentos significativos entre 2021 e 2022:
Nos setores de veículos, alimentos e fumo, as exportações também impulsionaram a produção doméstica, mesmo com o aumento da demanda interna.
Já no setor de madeira, a demanda internacional superou a doméstica, enquanto os setores de outros equipamentos de transporte e móveis enfrentaram quedas na comparação do mesmo período.
A participação de produtos estrangeiros no consumo nacional, medida pelo coeficiente de penetração das importações, registrou novo recorde em 2022. O indicador aumentou 1,1 p.p. em relação ao ano anterior, atingindo 25,9%.
Com o resultado de 2022, esse indicador atingiu o seu pico histórico em termos de preços constantes. No entanto, o crescimento desacelerou em comparação com o período entre 2020 e 2021, quando foi de 2,8 p.p.
Para o CNI, a tendência foi influenciada pelo retorno do consumo entre os brasileiros, especialmente nos setores de vestuário e acessórios. O investimento em maquinário também impactou os números.
O uso de insumos industriais importados pela indústria brasileira também aumentou em 2022, atingindo um valor recorde. Esse aumento reflete o crescimento do consumo de matéria-prima importada e a redução no consumo de insumos domésticos.
O coeficiente de insumos industriais importados teve um aumento de 0,6 p.p., indo de 24,5% em 2021 para 25,1% em 2022, considerando preços constantes.