Dólar volta a subir diante de tensão geopolítica

O dólar encerrou o dia com um aumento de 0,38%, sendo negociado a R$ 5,0545 no mercado imediato. Já o Ibovespa teve uma queda mais intensa, de 1,60%, em 114.059 pontos. 

Com isso, os acumulados do dólar são: 

• - 0,68% na semana; 
• + 0,54% no mês; 
• - 4,25% no ano. 

Já o Ibovespa acumula: 

• - 1,46% na semana; 
• - 2,15% no mês; 
• + 3,94% no ano. 

O que aconteceu hoje? 

A guerra entre Israel e o Hamas ainda afeta os negócios, com a principal preocupação financeira sendo o potencial envolvimento de outros países do Oriente Médio, uma região chave na exportação de petróleo mundial. 

Joe Biden, o presidente dos Estados Unidos, e Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, se encontraram hoje para discutir a situação envolvendo o grupo islâmico Hamas.  

Em seu discurso, o presidente norte-americano anunciou um auxílio humanitário de US$ 100 milhões e um pacote de apoio "sem precedentes" para Israel no contexto do conflito com o Hamas. 

Com o cenário, o petróleo Brent, um contrato global de referência, chegou a US$ 93 por barril, marcando um aumento de mais de 2%.  

Além dos confrontos em Israel, a China atraiu a atenção no cenário financeiro com seu crescimento de 4,9% no 3º trimestre. 

Embora os indicadores chineses tenham sinalizado uma expansão da atividade econômica, a fragilidade do setor imobiliário gerou preocupações entre os investidores. 

Na Europa, os dados também geraram cautela nos mercados. Enquanto a inflação ao consumidor (CPI) na zona do euro mostrou desaceleração em setembro, o CPI do Reino Unido manteve o ritmo observado em agosto. 

Por fim, o dia também se destacou pela publicação do Livro Bege do Federal Reserve (Fed). O relatório indicou que os agentes econômicos percebem pouca ou nenhuma alteração na atividade econômica americana desde setembro, contudo, preveem uma desaceleração da inflação nos próximos trimestres.