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Sinal de alerta? Dólar dispara hoje e atinge maior cotação em 6 meses
3 de outubro de 2023 | Equipe Braza Bank
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3 de outubro de 2023 | Equipe Braza Bank
O dólar à vista está enfrentando uma intensa volatilidade e com forte valorização em relação a moedas emergentes, como o real. No fechamento de hoje (03/10), a moeda americana disparou e fechou o pregão em R$ 5,1543 — alta de 1,73%.
Em meio à possibilidade de escalada dos juros nos EUA, os Treasuries chamam atenção de investidores por estarem renovando máximas atrás de máximas, alcançando patamares recordes desde 2007.
“Toda essa escalada das taxas tem penalizado as moedas emergentes e no Brasil não é diferente. Para complicar um pouco mais a situação local, temos ainda os cortes da taxa Selic, realizados e prometidos, e um descompasso entre essa tendência e o que nos mostra a curva de juros futuro”, explica Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank.
Além disso, o Jolts, relatório de emprego visto como prévia do payroll, surpreendeu. Ele mostrou que em agosto, os EUA criaram 9,6 milhões de empregos, enquanto a expectativa era de só 8,9 milhões.
Agora, todo mundo está esperando ansiosamente pelo relatório de folhas de pagamento que vai sair na sexta-feira. O resultado pode ser crucial para a decisão de juros do Federal Reserve (Fed).
“Pelo tom do discurso de alguns membros do FED, novas altas de juros podem ocorrer nos EUA até que haja a convergência da inflação para dentro da meta. É um movimento complexo que estamos vendo no mercado, com alguns emergentes dispostos a cortar juros quando o ‘primeiro mundo’ está na ponta oposta”, complementa Perottoni.
Seguindo o caminho oposto do dólar, o Ibovespa encerrou o dia com uma queda de 1,42%, ficando em 113.419 pontos, depois de atingir o ponto mais alto de 115.055,63 e o mais baixo de 113.150,89 durante a sessão.
Aqui também, a produção industrial continuou a crescer em agosto — 0,4% em comparação a julho. Porém, o aumento ficou ligeiramente aquém das expectativas do mercado, que eram de 0,5%.
Toda essa escalada das taxas tem penalizado as moedas emergentes e no Brasil não é diferente. Para complicar um pouco mais a situação local, temos ainda os cortes da taxa Selic, realizados e prometidos, e um descompasso entre essa tendência e o que nos mostra a curva de juros futuro
Bruno Perottoni, diretor de tesouraria do Braza Bank