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Selic mantida em 15% na Super Quarta: por que o Copom segurou os juros e o que muda com o corte nos EUA

11 de dezembro de 2025 |

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Na última reunião do ano, em plena Super Quarta, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano (a.a.) pela quarta vez consecutiva. A decisão, unânime, manteve os juros no maior patamar desde 2006 e confirmou a estratégia de cautela do Banco Central (BC) em um cenário ainda considerado arriscado para a inflação. 

Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) anunciou o terceiro corte seguido nas taxas de juros, levando o intervalo para 3,50% a 3,75% ao ano. Ou seja, enquanto o Brasil estaciona em juros bastante elevados, a maior economia do mundo avança em um ciclo de flexibilização monetária. 

A seguir, entenda por que o Copom optou por manter a Selic em 15%, como o Fed entra nessa equação, o que o mercado esperava e quais são os possíveis caminhos para os juros daqui para frente. 

O que o Copom decidiu na reunião de dezembro? 

Em seu último encontro em 2025, o Copom decidiu manter a Selic em 15% ao ano, repetindo o movimento das três reuniões anteriores. Com isso, a taxa básica segue no nível mais alto em quase 20 anos, em um patamar considerado “significativamente contracionista” pela própria autoridade monetária. 

A decisão foi unânime entre os nove diretores do BC, incluindo o presidente Gabriel Galípolo. O comunicado reforçou que a estratégia atual é manter os juros nesse nível por um período prolongado. 

A continuidade do patamar será até que haja confiança suficiente de que a inflação estará convergindo para a meta de forma sustentável.  

Nesse sentido, BC indicou que não trabalha, por enquanto, com cortes iminentes e manteve a porta aberta, inclusive, para eventual retomada do aperto monetário caso o cenário volte a piorar. 

Por que o BC manteve a Selic em 15% mesmo com inflação em queda? 

A principal ferramenta do BC para controlar a inflação é a Selic. Em novembro, o IPCA ficou em 0,18%, o menor resultado para o mês desde 2018.  

No acumulado em 12 meses, a inflação está em 4,46%, voltando a se situar dentro do intervalo de tolerância da meta contínua de 3%, cujo teto é justamente 4,5%. Mesmo assim, o Copom avalia que o quadro ainda inspira cautela.  

No comunicado, a autoridade monetária destacou: 

  • expectativas de inflação desancoradas: as projeções do mercado para 2025 e 2026 seguem acima da meta, indicando que os agentes econômicos ainda não estão plenamente convencidos de que a inflação ficará controlada no médio prazo; 
  • atividade e mercado de trabalho resilientes: embora o crescimento esteja em processo de moderação, o BC vê sinais de resistência na economia e no emprego, o que pode sustentar pressões de demanda sobre os preços; 
  • cenário externo incerto: choques de comércio, tensões geopolíticas e a própria condução da política econômica nos Estados Unidos aumentam a incerteza, afetando câmbio, fluxo de capitais e preços de commodities. 

Além disso, o BC lembra que a política monetária funciona com defasagem: os efeitos dos juros atuais são sentidos ao longo de vários trimestres. Por isso, prefere manter a Selic elevada por mais tempo em vez de antecipar um corte e correr o risco de reacender a inflação. 

Como o mercado e o setor produtivo reagiram à decisão? 

Do ponto de vista do mercado financeiro, a decisão de manter a Selic em 15% já estava amplamente no preço. Os contratos na B3 apontavam probabilidade próxima de 100% para a manutenção. 

Ainda assim, o tom do comunicado foi lido como duro (hawkish) por parte dos analistas, justamente por reforçar a ideia de juros altos por um período prolongado e por destacar o risco de desancoragem das expectativas. No curto prazo, isso reduz a chance de cortes já no início de 2026.  

Entre entidades empresariais e sindicais, o clima foi bem mais crítico. Representantes da indústria, da construção civil e do comércio voltaram a afirmar que a política de juros elevados: 

  • encarece o crédito e adia decisões de investimento; 
  • pesa sobre empresas mais intensivas em financiamento, como construção e manufatura; 
  • reduz o poder de compra das famílias, afetando consumo e faturamento do varejo. 

Centrais sindicais também criticaram a decisão, argumentando que os juros altos retiram recursos do investimento produtivo, reduzem o dinamismo do mercado de trabalho e dificultam campanhas salariais em um ambiente de atividade mais fraca. 

Na outra ponta, economistas mais conservadores veem coerência na postura do BC, apontando que uma queda prematura da Selic poderia exigir, mais adiante, um novo ciclo de alta ainda mais doloroso. 

Leia também: O Banco Central pode intervir no mercado de câmbio? Entenda a flutuação cambial suja  

Qual o cenário dos juros nos EUA?  

Nesta última Super Quarta de 2025, o Fed anunciou mais um corte de 0,25 ponto percentual, levando a taxa americana para o intervalo de 3,50% a 3,75% ao ano.  

Foi o terceiro corte seguido em 2025, movimento motivado principalmente pela perda de fôlego do mercado de trabalho americano, em um contexto de inflação ainda ligeiramente acima da meta de 2%. 

Ao mesmo tempo, o colegiado do Fed deixou claro que deve agir com prudência daqui para frente. As projeções indicam apenas um corte adicional em 2026, e a comunicação reforçou que as decisões continuarão sendo tomadas reunião a reunião, sem compromisso prévio com um ciclo longo de reduções. 

Para o Brasil, essa combinação — Fed cortando e BC brasileiro parado em nível alto — mexe diretamente na comparação de retornos entre os dois países e influencia decisões de investidores globais. 

Quando o Fed reduz os juros, os títulos do Tesouro americano passam a oferecer um retorno menor. Isso tende a aumentar o apetite por ativos de países emergentes, que pagam mais, especialmente quando esses países, como o Brasil, mantêm juros reais elevados. 

Os efeitos costumam ser: 

  • fluxo de capital para o Brasil: aumenta a entrada de recursos em renda fixa, bolsa de valores e títulos públicos, em busca de rendimento; 
  • alívio sobre o dólar: maior entrada de dólares no país tende a valorizar o real ou, ao menos, reduzir a pressão de alta da moeda americana; 
  • impacto na inflação: um câmbio mais favorável ajuda a conter preços de produtos importados e de commodities cotadas em dólar, contribuindo para um cenário inflacionário mais benigno. 

Por outro lado, o quadro não é automático. Incertezas políticas, ruídos fiscais e choques externos podem neutralizar parte desse efeito positivo. É por isso que o Copom, mesmo reconhecendo que juros menores nos EUA ajudam, não se sente autorizado a iniciar imediatamente um ciclo de cortes

Para onde vão os juros daqui para frente? 

O comunicado do Copom voltou a insistir que a Selic deve permanecer alta por um período prolongado. O BC entende que essa é a condição para reconduzir a inflação à meta em um ambiente de expectativas ainda desancoradas. 

Além disso, vale reforçar que o Comitê afirmou que segue vigilante. Se o cenário piorar — seja por pressão inflacionária interna ou por um choque externo mais forte —, o BC não descarta retomar o ciclo de altas. 

Desse modo, cortes só entram no radar com inflação e expectativas mais comportadas. Para isso, será importante acompanhar a trajetória do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as projeções econômicas e os dados de atividade e mercado de trabalho. 

A próxima reunião do Copom acontece no início de 2026, entre os dias 27 e 28 de janeiro. Até lá, o Comitê terá em mãos novas leituras de inflação, dados atualizados de atividade econômica, relatórios do mercado de trabalho e, claro, as próximas decisões do Fed. 

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Em resumo 

O que o Copom decidiu na reunião de dezembro? 

Manteve a Selic em 15% ao ano pela quarta vez seguida, em decisão unânime, reforçando a estratégia de juros altos por um período prolongado. 

Por que o BC manteve a Selic mesmo com a inflação dentro do teto da meta? 

Porque as expectativas seguem desancoradas, a atividade e o mercado de trabalho ainda mostram resiliência e o cenário externo continua incerto, o que aumenta o risco de nova alta inflacionária. 

O que o Fed fez nesta Super Quarta? 

Cortou os juros pela terceira vez em 2025, levando a taxa para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano, em resposta à desaceleração do mercado de trabalho e à inflação ainda um pouco acima da meta. 

Quando os juros podem começar a cair no Brasil? 

O BC não deu sinal de cortes no curto prazo. O mercado trabalha com a possibilidade de início do ciclo apenas em 2026, dependendo da trajetória da inflação, do câmbio, da política fiscal e do cenário internacional.